Chove, chuva das quatro.
18/10/2011 12:53
Todos os dias eu fico a esperá-la.
Quando vem, chega as quatro da tarde.
De mansinho, começa a apertar os passos
E logo mostra a sua imponência.
És tu, chuva das quatro, que vem quase todos os dias me visitar.
Banhar o corpo, com intuito de lavar a alma.
Derrama-te sobre mim com todo o teu frescor.
Estoura na minha cabeça, lava a mente e leva as ideias e planos para o corpo.
Transforma em movimento.
Pulsa, pulsa. Expulsa qualquer tipo de acomodamento.
Transforma em ação todo o percurso que fazes da cabeça às solas dos pés.
Me faz andar, correr.
Pinga, pinga, jorra.
Lava as dores, tira o sujo, sara as feridas do peito.
Acalma, me leva para o teu interior físico e energético.
Revela as cores do arco-íris, que só é possível ver através de ti.
Chove chuva das quatro, chove para dentro de mim.
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